sábado, 30 de junho de 2012

DEDINHO É CONTRATO SIM!




Desde muito nova, fui incentivada a realizar contratos. Os primeiros tinham objetivo específico que era a aquisição de patrimônio ou vantagens econômicas ou divertidas. Mas já eram formalização de vontade entre partes com o objetivo comum de prover um negócio.

Há outras explicações para contratos. Juristas podem fazer definições épicas. Negociadores podem traduzir cláusulas em diversas possibilidades. Administradores vão comprovar a importância dos contratos nas empresas. Eu vou dizer mais... vou falar sobre o empenho da palavra nas negociações aos 4 anos de idade!

Pois é, filha. Seu quarto está desarrumado. Você quer um disco da Xuxa. Vamos combinar o seguinte: Se você arrumar seu quarto todos os dias, vou comprar o disco no seu aniversário!
Tradução dessa prosa é:

Partes: Mãe (Neste ato denominada Contratante) e Filha (Neste ato denominada Contratada)
Objeto: Aquisição de patrimônio, através do LP da Xuxa número 1.
Duração do Contrato: No seu aniversário (até a data de 11 de março do ano seguinte).
Obrigações e Direitos da Parte Contratante: Disponibilizar o LP objeto do presente contrato. Ter o quarto arrumado até...
Obrigações e Diretos da Parte Contratada: Providenciar a arrumação do quarto; Receber o LP objeto do contrato.

Nesse contrato firmado com tanto cuidado, tinha também valor, cláusula penal, variações de patrimônio equivalente e por aí vai.

Então estamos combinadas? Dedinho, filha...
Dedinho, mãe!

terça-feira, 12 de junho de 2012






Hoje eu vou falar de Xadrez e Fusões e Aquisições!


Quando pensamos em um processo de Fusão ou Aquisição, embora não seja o visto nas entrevistas ou reportagens, estamos de frente para um processo de Emoções.

Nas operações que eu já participei, em todos os casos, absolutamente todos, a música do ilustre Roberto Carlos soava no fundo das negociações.

Como num jogo de xadrez, o primeiro movimento sempre vinha dos olhos do adversário. Traduzindo, o primeiro movimento era com base na direção dos olhos do concorrente na tentativa de prever qual seria a jogada.

Porém, diferente do tabuleiro, a realidade é diversa nas motivações que levam a processos de M&A. O surgimento de novos produtos e necessidades de gerar economia nas produções podem levar a esses processos que sem o devido planejamento estratégico, podem ter muito mais perdas que ganhos.

Recentemente vivi a experiência de a compra de uma empresa de consultoria por outra. O que aconteceu na realidade foi a compra da operação, clientes, carteira e de troco, levaram os associados.

Acontece que nesse troco, muitos profissionais de alto gabarito foram negociados a preço de pão de sal. Foi criada uma segunda empresa na qual esses profissionais foram encaixados para não se misturarem aos que já eram patrimônio intelectual da compradora. Na falta de agenda, a motivação foi reduzida e equipes inteiras saíram com destino à concorrência.

O que foi perdido? O tal do Capital Intelectual. O mesmo que é sempre tão debatido nos livros de estratégia e tão esquecido no momento pós aquisição...

terça-feira, 5 de junho de 2012



Musashi para Empresas Familiares

Em tempos remotos, Miyamoto Musashi (1584-1645) foi(é!) um dos heróis nacionais do Japão.
Vivendo num período histórico de transição, em que os tradicionais métodos dos samurais eram aos poucos substituídos por armas de fogo (ainda primitivas), ele simbolizou o auge do bushido (caminho do guerreiro), no qual um homem com uma espada na mão representava o máximo da realização individual.
Além de ter sido um duelista imbatível, Musashi também se dedicou a outras artes, como a pintura caligrafia e a escultura, e chegou a escrever livros sobre esgrima e estratégia.
(Texto copiado nem sei mais de onde, na internet).

Aí, estava de volta para casa, pensando em alguns clientes que hoje ainda são empresas familiares. Digo ainda, pois é uma questão de tempo para que abram a cabeça para a sucessão de direção de seus negócios preparando de forma rígida seu sucessor familiar ou fatalmente, um profissional do mercado vai assumir a direção dessas companhias.

Fato é que se nenhuma das duas possibilidades acima se encontrarem viáveis, vem um dragão chinês que vai morder toda ou grande parte da empresa. Ou isso ou a falência. Mas vamos considerar a venda...

O que Musashi, samurai e herói pregava a seus discípulos era uma descendência não sanguínea, mas por merecimento. Cada samurai de sua linhagem não descendia de seu sangue, mas de mérito, honra... era o nascimento da sucessão! Só que por meritocracia.

É possível aplicar em Empresas Familiares??? Bom, com quase uma década de experiência no assunto, eu acredito fielmente que sim!!!