terça-feira, 12 de junho de 2012






Hoje eu vou falar de Xadrez e Fusões e Aquisições!


Quando pensamos em um processo de Fusão ou Aquisição, embora não seja o visto nas entrevistas ou reportagens, estamos de frente para um processo de Emoções.

Nas operações que eu já participei, em todos os casos, absolutamente todos, a música do ilustre Roberto Carlos soava no fundo das negociações.

Como num jogo de xadrez, o primeiro movimento sempre vinha dos olhos do adversário. Traduzindo, o primeiro movimento era com base na direção dos olhos do concorrente na tentativa de prever qual seria a jogada.

Porém, diferente do tabuleiro, a realidade é diversa nas motivações que levam a processos de M&A. O surgimento de novos produtos e necessidades de gerar economia nas produções podem levar a esses processos que sem o devido planejamento estratégico, podem ter muito mais perdas que ganhos.

Recentemente vivi a experiência de a compra de uma empresa de consultoria por outra. O que aconteceu na realidade foi a compra da operação, clientes, carteira e de troco, levaram os associados.

Acontece que nesse troco, muitos profissionais de alto gabarito foram negociados a preço de pão de sal. Foi criada uma segunda empresa na qual esses profissionais foram encaixados para não se misturarem aos que já eram patrimônio intelectual da compradora. Na falta de agenda, a motivação foi reduzida e equipes inteiras saíram com destino à concorrência.

O que foi perdido? O tal do Capital Intelectual. O mesmo que é sempre tão debatido nos livros de estratégia e tão esquecido no momento pós aquisição...